sábado, 28 de maio de 2011

Pesquida do CNA- Cadastro Nacional da Adoção APONTA QUE *CRIANÇAS NEGRAS* TÊM MENOR CHANCE DE ADOÇÃO NOS ABRIGOS BRASILEIROS.

CIDADÃOS(ÃS) ATENTOS(AS) *A CONTRA MÃO DA HISTÓRIA NA SOCIEDADE BRASILEIRA* NÃO NECESSITAM DE UM ESTUDO SOCIOLÓGICO OU ANTROPÓLÓGICO PROFUNDO PARA EVIDENCIAR "OS RESULTADOS CONFRONTANTES E ATÉ UM TANTO PERVERSOS" QUE IMPEDEM * O AVANÇO DEMOCRÁTICO NO IMÁGINÁRIO POPULAR BRASILEIRO*. AINDA SÃO MUITOS OS PRÉ-CONCEITOS ADVINDOS DE ESTERIÓTIPOS, QUE CARACTERIZAM ATITUDES, POR VEZES INSANES, CAUSADAS ATRAVÉS DAS DISCRIMINAÇÕES. A MEDIDA QUE AS REINVIDICAÇÕES DOS DIVERSOS GRUPOS SOCIAIS ATINGIDOS AVANÇAM É NECESSÁRIO QUE OS MESMOS EMPENHEM-SE POR MAIS DIFICULDADE QUE ENFRENTEM, NA AVALIAÇÃO DAS CONSEQUÊNCIAS NATURAIS DE SUAS REIVINDICAÇÕES ATRAVÉS DE PESQUISAS, CONSCIENTIZAÇÃO E ATÉ RESPONSABILIZAÇÃO TANTO NA SOCIEDADE CIVIL QUANTO NOS ÓRGÃOS INSTITUCIONAIS. ( o que estou tentando dizer é que em tempos que crianças eram adotadas *para servirem nos trabalhos domésticos* há pesquisas que apontam que as crianças negras eram preferidas, " há que se avaliar a índole do ser humano quanto aos deveres e direitos" em que pesem as distorções há ainda a esperança que prevaleça a igualdade desejada)
NOTA: Neuza Maria,64, ACAFROararas-SP.

FONTE:acesse Fundação Palmares
http://www.palmares.gov.br/?p=12105

sexta-feira, by Daiane Souza

Arte: Daiane Souza / FCPArte: Daiane Souza / FCP

Crianças negras correspondem a metade do número de órfãos aptos para adoção no Brasil

Por Daiane Souza

Na semana em que se comemora o Dia Nacional da Adoção, ainda é alta a taxa de crianças negras que aguardam por uma família. Elas correspondem a praticamente metade das quatro mil aptas para adoção entre 29 mil órfãos que vivem em abrigos espalhados pelo Brasil. Junto a eles, outros 21% dos meninos e meninas não são adotados por possuírem problemas de saúde ou algum tipo de deficiência.

Os dados foram divulgados no último mês pelo Cadastro Nacional da Adoção (CNA). De acordo com o documento, o número de interessados é sete vezes superior ao número de órfãos, porém, o perfil procurado é de recém-nascidos brancos e saudáveis, distante da realidade encontrada nos abrigos. Outra dificuldade da Justiça está em encaixar perfis com idade acima dos três anos, do sexo masculino, e crianças que possuem irmãos.

CADASTRO NACIONAL DE ADOÇÃO – Os tabus e dificuldades nos processos de adoção foram discutidos no último dia 25 de maio, na Câmara dos Deputados. O juiz Nicolau Lupianhes Neto, coordenador do CNA, destacou a importância da conscientização para o uso da ferramenta.

“Criamos uma cultura de querer crianças pequenas, as mais velhas ficam relegadas ao segundo plano. Precisamos mudar essa consciência”, afirmou.

FAMÍLIA PARA TODOS – Para sensibilizar a sociedade quanto à importância da adoção, a ONG Aconchego e a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República lançaram na última terça-feira, 25, a campanha Adoção: Família para Todos, em comemoração ao Dia Nacional da Adoção. A ideia é estimular a preferência por crianças e adolescentes excluídos dos perfis idealizados pelos pais adotivos.

Na campanha, o governo brasileiro assume um compromisso público pelo direito à convivência familiar de todas as crianças do país. Só no Distrito Federal, 295 famílias são habilitadas para a adoção e 163 crianças aptas para serem adotadas. O número corresponde a 2,5 famílias por cada criança apta. No entanto, 100 desses meninos e meninas têm idade entre 12 e 18 anos – idade pouco procurada para adoção.

SEM PRECONCEITOS A escolha por crianças brancas, independentemente da idade, pode ainda estar muito relacionada à questão do preconceito de cor, ainda presente na sociedade. Enquanto os prováveis pais sonham encontrar crianças que se adaptem ao “perfil do filho imaginado”, os idealizadores da campanha Adoção: Família para Todos preferem tratar o tema como um direito da criança.

Fabiana Gadelha, diretora jurídica do projeto Aconchego, compara o processo de adoção a uma gestação natural. “Na gravidez não escolhemos o sexo do bebê. Da mesma forma que podemos gerar filhos diferentes do esperado, a adoção também pode”, afirma. “Quando buscamos um filho, não queremos um patrimônio. Nessa espera está a possibilidade de receber filhos fora do padrão comum”, completou.

Maria do Rosário, ministra dos Direitos Humanos, ressalta que é preciso superar escolhas muitas vezes motivadas por características étnicas e até pela pouca idade das crianças. Segundo a ministra, também é muito feliz adotar uma criança de outra raça ou de mais idade. “Assim, vamos tirar mais de 4 mil da situação de abandono”, ressaltou a ministra.

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